Os investidores estão a abandonar o euro a um ritmo que não se verificava desde a falência do Lehman Brothers, com o desenvolvimento da crise orçamental europeia a ameaçar fragmentar a moeda única.
Os fundos de pensões e o euro estão a vender euros, este mês, ao ritmo mais elevado desde a segunda metade de 2008, quando a divisa desceu mais de 25% face ao dólar entre meados de Julho e final de Outubro, de acordo com o BNY Mellon Corp., que é o maior banco de guarda de activos financeiros do mundo, 23
biliões de dólares à sua guarda.
A procura de títulos que dão o direito de vender o euro face ao dólar, em comparação com os títulos que dão o direito de o comprar, subiram ontem para o valor mais elevado desde Novembro de 2008.
A crise grega veio demonstrar a fragilidade do euro com a moeda única, que rivaliza com o dólar desde a sua criação em 1999, ter ver agora a sua existência ameaçada pela crise orçamental grega, país que representa apenas 2,6% da economia da Zona Euro. A descida de 11% do euro face ao dólar fez com que a divisa europeia tenha tido pior desempenho entre as 16 moedas que mais negoceia com o dólar.
“As assunções que estiveram por detrás da criação da Zona-Euro, e portanto do euro, estão agora a ser postas em questão e reavaliadas”, disse o gestor de divisas e obrigações internacionais do Sistema de Reformas dos Funcionários Públicos da Califórnia. “Existem diferenças, e diferenças gritantes, que foram agora expostas e entre regiões da Zona Euro”.
O euro está a descer 0,06% para 1,3213 dólares, depois de na sessão de ontem ter fixado um novo mínimo histórico nos 1,3115 dólares, pressionado pela declaração de Angela Merkel que disse que "a estabilidade do euro está em causa", se as ajudas da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional não forem entregues rápidamento à Grécia.
fonte: negócios
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