♦ Bloomberg TV (USA)

Bloomberg TV Directo Online Live Informação Logo
Rating:


Bloomberg USA TV Online: Live USA TV-channel with news about stocks quotes, finance, business, markets and funds.

sábado, maio 08, 2010

NOTICIAS-NEWS - EURO

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse esta madrugada que a União Europeia (UE), e não apenas a Zona Euro, vai tomar “todas” as medidas que forem necessárias para travar a especulação e o ataque ao euro. “A situação é excepcional, temos de tomar medidas excepcionais”, afirmou.

“Na segunda-feira, na abertura dos mercados, a Europa estará preparada para defender o euro. Vamos desencadear todos os mecanismos comunitários que temos à disposição. A situação é excepcional, temos de tomar medidas excepcionais”, afirmou Sarkozy.

Também Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, garantiu que a Europa está preparada para mobilizar “tudo o que for preciso para defender o euro”.

“Temos vários instrumentos à nossa disposição e faremos uso deles", sublinhou.

Ambos falavam já ao início da madrugada em Bruxelas, no final de uma cimeira extraordinária convocada para aprovar o empréstimo de emergência à Grécia (110 mil milhões de euros em três anos) e definir uma estratégia de contra-ataque, agora que, entre os líderes europeus,
a convicção generalizada é que é o euro que está sob fogo cerrado – e não apenas a Grécia ou os Estados do Sul, como Portugal ou Espanha.

O encontro surgiu no rescaldo de uma semana negra, marcada por fortes quedas nas bolsas, na cotação da moeda única e nas obrigações dos países periféricos do euro, como Portugal, Espanha e Irlanda.

“Não são os mercados que vão decidir o futuro do euro no nosso lugar”, disse Sarkozy. “O euro é a Europa, a Europa é a paz, não vamos deixar os especuladores destruir o que gerações construíram”, frisou, num discurso dramático em que disse abertamente que “não pode haver
ilusões sobre a gravidade da situação”.

O presidente francês assegurou, depois de ter garantido que a solidez do entendimento entre a França e a Alemanha é “indestrutível”, que “todas as instituições europeias vão agir”, asseverando: “Não vamos deixar destruir o euro”.

Ecofin extraordinário agendado para amanhã

Os líderes da Zona Euro decidiram convocar para amanhã, domingo, uma reunião extraordinária dos ministros das Finanças dos 27 países da União Europeia, de modo a que, na observância dos Tratados, possam ser activados os mecanismos comunitários julgados necessários para defender o euro.

Sobre o que pode e vai ser feito, nenhum líder europeu levantou muito o véu. “Não me peçam para divulgar todo o nosso plano, porque não o fazer faz parte naturalmente da nossa estratégia de defesa do euro”, justificou Nicolas Sarkozy.

Ainda assim, disse que vão ser postos em marcha “mecanismos comunitários de gestão de crise” que envolverão o Banco Central Europeu (BCE) que “fará o que for necessário, respeitando a sua independência e os limites da sua actuação estabelecidos nos
Tratados”.

Numa ameaça velada aos especuladores que os europeus acreditam estar por detrás do ataque ao euro, Sarkozy garantiu: “Não são os mercados que vão decidir o futuro do euro no nosso lugar. Foi isso que decidimos hoje fazer: travar os especuladores”.

Vários governos deram nesta semana indicações de que estarão na disposição de avançar com processos judiciais contra as agências de ‘rating’, à semelhança do que decidiram alguns Estados norte-americanos, como Connecticut e Ohio, que accionaram judicialmente a Moodys e a S&P, considerando-as co-responsáveis da crise financeira desencadeada no Verão de 2008 e que “dizimou” vários fundos de pensões estatais.

O presidente francês acrescentou ainda que serão lançadas iniciativas para “moralizar as agências de ‘rating’” e que será acelerada a reforma da regulação e supervisão dos mercados financeiros, precisando, porém, que esse é um tema que diz respeito a todo o mundo e que deverá centrar as atenções da cimeira do G20, agendada para 26 e 27 de Junho.

O que pode a Europa fazer?

Segundo avançou Durão Barroso, citado pela agência Lusa, vai ser accionado um fundo permanente para a resolução de crises como a que atingiu a Grécia, cujos detalhes a Comissão Europeia apresentará, no domingo, aos ministros das Finanças dos 27.

À partida, este fundo pode ser alimentado por obrigações emitidas pela Comissão Europeia, em nome da UE, à semelhança dos planos de auxílio financeiro que foram já no ano passado desencadeados para a Hungria, Roménia e Letónia, em parceria com o Fundo Monetário Internacional. A Grécia é o primeiro país do euro a ser socorrido pela comunidade internacional, e singulariza-se ainda por ser o que tem a caminho o maior pacote de ajudas alguma vez mobilizado para evitar que um soberano entre em incumprimento.

Boa parte das “munições” de aplicação imediata estará, porém, nas mãos do Banco Central Europeu (BCE) que se defronta, no entanto, com grandes limitações de actuação impostas pelos Tratados.

O BCE pode, como já fez nesta semana com a Grécia, decidir continuar a aceitar como colateral (garantia) para cedência de liquidez aos bancos obrigações de qualquer Estado do euro, independentemente da classificação que lhes seja dada pelas agências de ‘rating’. A S&P
baixou há duas semanas o ‘rating’ da Grécia para um nível inferior ao considerado como mínimo de qualidade pelos critérios usuais do BCE – e que já haviam sido flexibilizados na sequência da crise financeira.

A autoridade monetária do euro pode também regressar aos leilões de liquidez de mais longo prazo e eventualmente voltar a ceder crédito em valores ilimitados para aliviar os bancos mais expostos aos títulos gregos, mas também portugueses e espanhós, que foram duramente
castigados nas últimas semanas, gerando uma espiral de perda de valor que se reflectiu na queda abrupta das suas acções em Bolsa.

Mais controversa seria a possibilidade de o BCE a comprar dívida pública directamente aos Estados que enfrentem maiores dificuldades em financiar-se nos mercados. Este expediente dificilmente não seria uma violação grosseira dos Tratados e foi na quinta-feira frontalmente
afastado por Jean-Claude Trichet, seu presidente, após a reunião do Conselho de Governadores do BCE que teve lugar em Lisboa. Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano, admitiu porém que essa é uma das possíbilidades que está sobre a mesa, tendo sido o único a
fazê-lo.

Portugal acelera redução do défice

Os Governos do euro prometeram, por seu turno, “acelerar” a consolidação orçamental, assumindo que tarefa de baixar o défice e a dívida públicos - mais do que tentar estimular a actividade económica – é “uma prioridade para todos nós”.

Foi neste contexto que José Sócrates afirmou que o novo objectivo do Governo é reduzir o défice orçamental para 7,3% do PIB no final deste ano (e não apenas para 8,3%), o que deverá exigir o adiamento do início da construção do novo aeroporto e da terceira travessia sobre o
Tejo.

fonte: negócios

Sem comentários:

Enviar um comentário

CALENDÁRIO


Live Economic Calendar Powered by the Forex Trading Portal Forexpros.com